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Empresa de SC é vendida por R$ 85 milhões a multinacional bilionária do Canadá

Operação foi conduzida por meio da Checkpoint Brasil, braço de segurança e tecnologia da CCL

Por: Canal Ideal
03/01/2022 13h45 - Atualizado há 3 anos
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Tecnoblu vai abrir os trabalhos de 2022 com um novo dono. A fabricante blumenauense de etiquetas, tags e acessórios para peças de roupa e moda em geral aceitou uma oferta de compra da CCL Industries, multinacional com sede em Toronto, no Canadá. A operação foi conduzida por meio da Checkpoint Brasil, braço de segurança e tecnologia da CCL.

O negócio foi fechado por 19,1 milhões de dólares canadenses, cerca de R$ 85 milhões pela cotação atual, e envolve a aquisição de 100% da companhia blumenauense. O valor, equivalente ao faturamento da Tecnoblu em 2021, ainda está sujeito a ajustes de fechamento, que devem ser finalizados ao longo dos próximos 30 dias.

A Tecnoblu tem aproximadamente 380 funcionários. Além da matriz em Blumenau, mantém uma fábrica de metais e botões em Novo Hamburgo (RS), um showroom na Denim City (Cidade do Jeans), em São Paulo, e um escritório em Guimarães, Portugal. A empresa produz 400 milhões de peças por ano, entre etiquetas, tags e acessórios voltados à indústria da moda.

Já a multinacional canadense se apresenta como líder mundial em soluções de etiquetas, segurança e embalagem para corporações globais, instituições governamentais, pequenas empresas e consumidores. Tinha, ao final de 2020, 191 unidades produtivas espalhadas em 42 países – no Brasil, em Vinhedo (SP) e Criciúma –, com 22,2 mil funcionários e vendas de 5,24 bilhões de dólares canadenses.

Em comunicado divulgado ao mercado, a CCL destacou a Tecnoblu como “líder em rótulos e etiquetas para a indústria de varejo e vestuário estrategicamente localizada no coração da indústria têxtil brasileira”. O presidente da companhia, Geoffrey Martin, reiterou que a aquisição reforça a atuação da Checkpoint no mercado de varejo e vestuário.

Fundada em 1994, a Tecnoblu cresceu e ganhou mercado ao apostar em algo que por muito tempo não recebeu a devida atenção da indústria da moda. Ao criar etiquetas, tags, lacres e botões personalizados para calças, camisas e vestidos, a empresa ajudou inúmeras marcas a agregarem valor às suas peças.

Fundador e sócio da Tecnoblu, Cristiano Buerger garante que a marca Tecnoblu e a matriz em Blumenau serão mantidas. A operação, aliás, deve crescer. À coluna, o empresário revelou que a base da Checkpoint Brasil, instalada em Vinhedo (SP), virá para o Vale com novas linhas de produtos e ficará sob a gestão da companhia.

“Entre Tecnoblu e Checkpoint, a base em Blumenau deverá atingir 500 colaboradores em pouco tempo”, projeta.

As conversas sobre uma possível venda da empresa iniciaram no final de 2020. Sócia da Tecnoblu desde 2012, a CRP Participações, fundo gaúcho de investimentos, queria recuperar o aporte feito à época. A partir de então, a direção da empresa blumenauense se abriu para ouvir propostas do mercado. A forma como a CCL conduziu o processo desde as primeiras conversas pesou na decisão, diz Buerger.

“A Tecnoblu é como um filho para mim. E, sinceramente, acho que cada filho tem o direito e o momento certo para voar mais alto e seguir o seu próprio caminho”, compara o executivo.

A operação passará a ser liderada por Luis Jocionis, vice-presidente da CCL na América do Sul, com suporte dos atuais diretores Sergio Pires (Industrial) e Daniel Soppa (Comercial e Marketing). Buerger vai desempenhar a função de consultor estratégico do negócio formado pelas duas empresas. Já Edmur Polli, primeiro sócio dele na companhia, será diretor da CCL Brasil, responsável, inicialmente, em promover a integração da Tecnoblu com a Checkpoint junto ao mercado.

Ao comprar a Tecnoblu e somá-la à Checkpoint, a CCL quer alcançar a liderança do mercado de etiquetas e tags na América Latina em um prazo de cinco anos, informa Buerger. Hoje a empresa blumenauense já está no top 3 deste segmento. O objetivo é acelerar o crescimento nos próximos anos, inclusive com outras aquisições. As informações são do Portal NSC Total.

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