Vacina para Covid-19 e infarto agudo do miocárdio

A ideia de que a vacina contra a COVID-19 aumentaria o risco de infarto é um mito sem base científica, esclarece o Dr. Daniel Bischoff, cardiologista de Xanxerê. Na verdade, as evidências acumuladas desde o início da vacinação mostram o contrário: quem se vacina está mais protegido também no aspecto cardiovascular.

Durante a infecção pelo coronavírus, o organismo passa por uma intensa resposta inflamatória, com aumento de coagulação e disfunção endotelial, mecanismos diretamente ligados a infarto, AVC e tromboses. Diversos estudos mostraram que pacientes com COVID, especialmente os não vacinados, têm risco muito maior de eventos cardiovasculares nas semanas e meses seguintes à infecção.

A vacinação, ao reduzir a gravidade da doença e prevenir a infecção, protege o coração de todo esse processo inflamatório. Além disso, análises populacionais confirmaram que não há aumento de infartos ou arritmias após a imunização, enquanto há clara redução da mortalidade cardiovascular em populações vacinadas.

“Portanto, a vacina contra a COVID-19 não apenas é segura para o coração, como também representa um fator de proteção importante, especialmente para quem já tem hipertensão, diabetes ou outras doenças cardíacas. Vacinar-se é cuidar da saúde e proteger o coração” finaliza Dr. Daniel.