Casal suspeito de ter matado o filho de três meses porque “chorava muito” é preso pela Polícia Civil em Itapevi, São Paulo.
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Segundo boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pela médica que atendeu a criança no Pronto-Socorro Amador Bueno. A profissional havia desconfiado da versão dada pela mãe de que a criança teria morrido após se engasgar com leite materno.
Isso porque o bebê teria chegado ao pronto-socorro com as perninhas e braços roxos, rígidos e apresentando lívido reticular (condição que apresenta pele fria e dormente em algumas áreas do corpo), além de escoriações, hematomas e assaduras não tratados.
O óbito da criança foi constatado logo após sua entrada na unidade hospitalar. Diante dos fatos, o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Itapevi, que solicitou perícia na casa onde a vítima morava e exame necroscópico.
A prisão dos pais, identificados como Aline Nascimento Santos, de 24 anos, e Gabriel de Sousa Hyppolito, de 23 anos, foi solicitada após o exame necroscópico apontar que não havia nada no estômago do bebê, nem nas vias respiratórias, o que ia de encontro a versão contada por Aline.
Conduzidos à Delegacia Central de Itapevi para prestar um novo depoimento, a mãe acabou contando uma versão diferente da primeira declaração. Aos policiais, ela disse que não tinha amor pelo filho, que não o aceitava desde seu nascimento e relatou que amava mais o primeiro filho do que o bebê.
Disse ainda que criança chorava muito à noite, que havia dias que estava bastante chorosa e não conseguia entender o motivo. Então, durante a madrugada, por volta das 04h de sábado, o bebê estava chorando e, na tentativa de fazer com que o filho parasse de chorar, o enrolou em um cobertor, colocou uma chupeta na boca dele.
Em seguida, deitou a criança de bruços no carrinho, impossibilitando-a de respirar. A mãe contou também que a criança parou de chorar, ficou em silêncio, mas que ainda a ouvia respirar. Foi dormir e só acordou, por volta de 6h da manhã, quando o marido acordou para trabalhar e viu que o filho não estava respirando.
O casal vai ficar preso temporariamente por 30 dias e pode responder por homicídio qualificado por meio que impossibilitou a defesa da vítima.
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