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Comunidade

Caminhoneiro de Xanxerê relata situação ao ficar ilhado em município do RS por conta das chuvas

Mateus Souza está ilhado em Santa Cruz do Sul, sem previsão de quando conseguirá sair

Por: Alessandra de Oliveira
02/05/2024 09h56 - Atualizado há 2 semanas
(Foto: Reuters/Diego Vara)
(Foto: Reuters/Diego Vara)

As chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) já causaram prejuízos em 134 municípios, segundo a Defesa Civil. Até o momento, foram registradas 13 mortes e pelo menos 21 pessoas estão desaparecidas. O governo afirma não ter capacidade para resgatar todos os isolados. 

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De acordo com informações divulgadas pelo G1, o último boletim da Defesa Civil apontou que 44,6 mil pessoas foram afetadas pelos efeitos do mau tempo, com 8,3 mil moradores desalojados, 3.079 em abrigos e 5.257 desabrigados (na casa de familiares ou amigos). A previsão é de que a chuva continue até a madrugada de sexta-feira (3). Os temporais também provocaram deslizamentos, quedas de pontes e árvores, alagamentos, além da falta de energia elétrica e abastecimento. 

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O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou, em coletiva de imprensa, que o temporal é "o maior desastre do estado" e que o estado vive uma "situação de guerra". A meteorologista Cátia Valente reforçou que em algumas regiões o volume de chuva superou os 500 milímetros.

O caminhoneiro Mateus Souza, de Xanxerê, passou por diversas cidades atingidas pelas chuvas no RS e hoje (02) encontra-se ilhado no município de Santa Cruz do Sul, um dos mais afetados pelas chuvas. Ele relata que ele e outro colega, também de Xanxerê, estão parados na pista, pois não há onde ficar. Os dois chegaram no município ainda na terça-feira (30).

"Caíram as pontes que ligam Santa Cruz a outras cidades, só Deus sabe quando vamos conseguir. Nunca vi algo assim e nem o pessoal que mora aqui nunca viu tanta chuva, começou na segunda-feira e ainda não parou, levou ponte, estrada, não podemos ir para lado nenhum porque não há conexão com mais nada e não dá para voltar porque a Serra de Sinimbu desmoronou mais uma vez e não para de chover um minuto. Mas pelo menos tem gente vindo trazer comida para nós que estamos parados na pista". 

Mateus relata que não há previsão para sair da cidade, devido às estradas danificadas ou bloqueadas pelo risco de desmoronamento.

Sentimento de alívio para quem encontra um caminho

A família de Chayenne Woiciechoski agora respira aliviada após momentos de tensão e medo. Isso porque o pai dela, Elodir, estava no Rio Grande do Sul, em meio às chuvas, sem saber quando poderia voltar para casa. Após momentos de incerteza, ele decidiu arriscar e passar por um desvio para poder retornar, o que conseguiu. 

"Ontem, quando ele enviou aquele áudio dizendo que conseguiram passar, parece que um peso foi tirado de nossos ombros, porque ficávamos esperando uma mensagem dele, esperando, com medo de perder o contato. Quando eles disseram que iam sair de lá, seria como trocar o pior pelo ruim, sabem? Então, estávamos extremamente apreensivos e quando ele enviou o áudio dizendo que conseguiu, nossa, minha mãe até saiu de casa e veio até aqui na casa da vó e disse ‘o pai está vindo, conseguiu, deu tudo certo’, parece que aliviou até a respiração, de tanta angústia que estávamos passando, de não poder fazer nada. Só conseguíamos rezar e pedir a Deus que ele conseguisse sair daquele lugar. É um sentimento de gratidão a Deus, de tanto que rezamos. E ele conseguiu, foi um alívio gigantesco".

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