Três homens acusados de assassinar um adolescente de 17 anos com tiros à queima-roupa em Chapecó serão julgados nesta quarta-feira (28), a partir das 8h30, no Fórum da Comarca. O crime ocorreu no dia 3 de abril deste ano, no distrito de Marechal Bormann, e causou grande comoção na comunidade local.
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Os réus respondem por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e dissimulação —, além de corrupção de menor e porte ilegal de arma de fogo. A acusação será conduzida pelos promotores de Justiça Kelly Vanessa De Marco Deparis e Michel Eduardo Stechinski, integrante do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Crime Premeditado
Segundo a denúncia, o crime foi premeditado. Um dos acusados teria enviado uma mensagem à vítima, por meio de um aplicativo, convidando-o a ir até uma residência no distrito para conversar. O jovem aceitou o convite e chegou ao local por volta das 0h30 do dia 3 de abril, sendo recepcionado por dois dos denunciados.
Pouco depois, ele teria sido conduzido até o local da execução. Ali, o terceiro acusado, portando uma pistola, teria efetuado três disparos a curta distância, atingindo a vítima na região cervical e na mandíbula. O adolescente morreu em decorrência de trauma cranioencefálico.
A motivação do crime, conforme o Ministério Público, seria um suposto ciúmes relacionado a uma adolescente com quem um dos autores havia tido um relacionamento anterior. A vítima foi atraída com a falsa intenção de uma conversa, o que caracteriza dissimulação.
Como Funciona o Tribunal do Júri?
A sessão será presidida por um juiz togado, responsável por garantir o andamento legal do processo. No entanto, a decisão final sobre a culpa ou inocência dos réus será dos jurados, sete cidadãos escolhidos por sorteio no início da audiência.
O julgamento começa com a leitura da denúncia, seguida da oitiva das testemunhas e o interrogatório dos réus. Em seguida, acusação e defesa apresentam suas sustentações orais. Como se trata de um caso com múltiplos réus, cada parte terá até 2h30 para seus argumentos, com possibilidade de réplica e tréplica de mesmo tempo.
Mesmo sendo julgados juntos, cada acusado terá sua conduta analisada individualmente. Os jurados votarão separadamente sobre a culpa de cada um, e a decisão será tomada por maioria simples — ou seja, basta que quatro dos sete jurados votem da mesma forma.
Com base nas respostas dos jurados, o juiz presidente elaborará a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Se condenados, as penas serão fixadas individualmente.
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