O custo da cesta básica teve uma queda significativa em Chapecó no mês de maio. Segundo o Boletim de Preços do Cesto Básico, elaborado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó em parceria com o Observatório Pollen, a redução chegou a 7,95%, trazendo alívio ao orçamento das famílias chapecoenses.
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A pesquisa, realizada nos dias 6 e 7 de maio em 10 estabelecimentos comerciais da cidade, mostrou que o valor da cesta passou de R$ 637,15 em abril para R$ 586,52 em maio — uma economia de R$ 50,63. Isso significa que os consumidores agora precisam de apenas 0,386 salários-mínimos para adquirir os 13 itens essenciais da cesta, contra 0,419 no mês anterior.
O boletim também revela que, no total, os produtos básicos consumidos por famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos passaram a custar o equivalente a 1,75 salários-mínimos — uma melhora no poder de compra em relação aos 1,80 salários necessários em abril. A economia mensal, nesse caso, chega a R$ 87,70.
Entre os principais fatores para a redução estão a queda de preços em oito dos treze itens da cesta, como arroz, feijão, frutas, legumes e açúcar. A colheita em ritmo acelerado e a resistência dos produtores em negociar preços contribuíram para a baixa nos valores, especialmente do feijão e do arroz.
Apesar da queda geral, alguns itens apresentaram alta, como a batata, que foi impactada por chuvas nas regiões produtoras, e a carne de frango, cuja valorização se deve ao aumento das exportações para a China e à demanda interna.
Os produtos alimentares totalizaram R$ 1.968,22, com recuo de 3,34%. Já os itens não alimentares, como higiene e limpeza, tiveram queda ainda maior, de 10,23%. Em contrapartida, os serviços tarifados (água, luz e gás) registraram leve aumento de 1,42%.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação, subiu 0,43% em abril, refletindo o aumento nos alimentos in natura — tendência também percebida em Chapecó com a elevação dos preços da batata, cebola e café.
O cenário, embora ainda influenciado por fatores climáticos e de mercado, aponta para um respiro no orçamento doméstico, especialmente para as famílias de menor renda.
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