Condenados três homens que mataram adolescente em Chapecó; penas chegam a 24 anos de prisão

Após 16 horas de julgamento, o Tribunal do Júri da Comarca de Chapecó condenou três homens pela morte de um adolescente de 17 anos, assassinado a tiros no distrito de Marechal Bormann, em abril de 2024. As penas variam entre 13 e 24 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O crime foi considerado premeditado e cometido com crueldade e dissimulação.

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O réu que efetuou os disparos foi condenado por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e dissimulação —, além de corrupção de menor e posse ilegal de arma de fogo. Os outros dois envolvidos foram sentenciados por homicídio qualificado por dissimulação e corrupção de menor. Todos os condenados também deverão pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais à família da vítima.

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que atuou no caso por meio dos Promotores de Justiça Kelly Vanessa De Marco Deparis e Michel Eduardo Stechinski, o crime teve como motivação ciúmes por conta de um suposto relacionamento entre a vítima e uma adolescente que havia se envolvido com um dos acusados.

Conforme os autos do processo, na noite de 2 de abril de 2024, um dos réus chamou a vítima para conversar em uma residência no distrito de Marechal Bormann. Por volta das 0h30 do dia seguinte, o adolescente foi levado ao local do crime, onde foi surpreendido pelos três envolvidos. Ele foi atingido por três disparos, na região da mandíbula e cervical, morrendo em razão de um trauma cranioencefálico.

A Justiça negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. A decisão se baseou no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri permite o cumprimento imediato das penas impostas, independentemente do tempo de condenação.

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