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Justiça

Operação Rarefeito: Gaeco apura fraudes na venda de oxigênio a prefeituras do Oeste do PR e SC

A prefeitura de Galvão seria uma das vítimas dos criminosos. Entenda o caso!

Por: Cristine Maraga
08/06/2022 09h31 - Atualizado há 3 anos
Operação Rarefeito: Gaeco apura fraudes na venda de oxigênio a prefeituras do Oeste do PR e SC

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil, da Polícia Científica e do Gaeco de Santa Catarina, deflagrou na manhã desta quarta-feira (8), a Operação Rarefeito. 

Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, além de ordens judiciais de proibição de exercício de atividade econômica e indisponibilidade de bens. 

Os mandados foram cumpridos em 19 municípios do Sudoeste paranaense e um do Oeste catarinense. As investigações tiveram início em outubro de 2021 e apuram a prática dos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, crime contra relação de consumo e adulteração de produto destinado a fins medicinais. As vítimas são principalmente prefeituras.

 

Entenda as adulterações

Conforme o apurado, uma empresa do ramo de distribuição de oxigênio, localizada em Pato Branco/PR, fornecia a hospitais e postos de saúde cilindros com gás destinado a uso industrial – que tem grau de pureza inferior – no lugar de oxigênio medicinal. 

As Prefeituras e instituições de saúde compravam o produto acreditando tratar-se de oxigênio medicinal. A adulteração do produto, por meio do transvase entre cilindros, acontecia sem a autorização dos órgãos responsáveis, de forma artesanal e sem nenhum cuidado sanitário para evitar a contaminação do gás. 

Outra ilegalidade constatada foi em relação ao volume comercializado, com os compradores pagando por volumes maiores do que os efetivamente recebidos.

O grupo criminoso vencia inúmeras licitações, fornecendo o produto a um preço muito inferior aos cobrados no mercado. Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões caso os contratos em vigor sejam cumpridos integralmente.

 

Mandados

O mandado de prisão preventiva foi expedido contra o proprietário da empresa distribuidora de oxigênio. Já dos 30 mandados de busca e apreensão, quatro foram cumpridos em empresas possivelmente envolvidas com os fatos (sendo uma em Dois Vizinhos, uma em Itapejara do Oeste e duas em Pato Branco), seis em residências de empresários (uma em Itapejara do Oeste e cinco em Pato Branco) e 20 em prefeituras vítimas dos crimes investigados. 

As prefeituras vítimas são 19 no Sudoeste do Paraná (Pato Branco, Capanema, Palmas, Realeza, Ampére, Chopinzinho, Clevelândia, Dois Vizinhos, Honório Serpa, Mangueirinha, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, São João, Vitorino, Mariópolis, Itapejara do Oeste, Bom Sucesso do Sul, Pranchita e Coronel Vivida) e uma em Santa Catarina (Galvão).

O cumprimento dos mandados nos municípios e entidades hospitalares vítimas da atuação criminosa tem como objetivo o recolhimento de cilindros de oxigênio medicinal para a realização de perícia. 

No cumprimento dos demais mandados, buscam-se documentos e aparelhos eletrônicos que possam ser periciados e analisados para a elucidação dos fatos.

 

 

Fonte: Gaeco Paraná e Bem Paraná

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