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Meio ambiente

Pesquisadores identificam pela primeira vez bactéria que atinge oliveiras em Santa Catarina

Os pesquisadores observaram sintomas da doença em quatro oliveiras do pomar experimental da Epagri

Por: Canal Ideal
09/04/2025 17h04 - Atualizado há um semana
Foto: Nilson Teixeira / Epagri
Foto: Nilson Teixeira / Epagri

A bactéria Xylella fastidiosa subsp. pauca (Xfp), responsável por causar sérias doenças em diversas culturas agrícolas, foi identificada pela primeira vez em oliveiras no estado de Santa Catarina. A descoberta foi publicada em março na renomada revista científica Journal of Plant Pathology e levanta um alerta para produtores e autoridades sanitárias.

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A pesquisa foi conduzida por cientistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), com apoio de especialistas do Agronômica – Laboratório de Diagnóstico Fitossanitário e Consultoria, de Porto Alegre (RS), e do Centro de Protección Vegetal y Biotecnología do Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias (IVIA), na Espanha.

Os pesquisadores observaram sintomas da doença em quatro oliveiras do pomar experimental da Epagri, em Chapecó. As plantas afetadas, das variedades Koroneiki e Arbequina, apresentaram sinais como escurecimento e queima de folhas, além da morte precoce de galhos e ramos.

A bactéria Xfp é capaz de colonizar e obstruir os vasos xilêmicos, estruturas fundamentais para o transporte de água e nutrientes das raízes até as folhas. Essa obstrução compromete o desenvolvimento da planta e pode levar à sua morte. A transmissão da bactéria ocorre por meio de insetos vetores, como as cigarrinhas, que se alimentam da seiva do xilema e acabam disseminando o patógeno.

Além das oliveiras, a Xfp já é conhecida por causar doenças como a clorose variegada dos citros e a queima das folhas do café no Brasil. Na Itália, ela é associada à Síndrome de Declínio Rápido da Oliveira, que devastou plantações inteiras nos últimos anos.

Embora isolados do tipo 69 da Xfp já tenham sido identificados na Argentina, próximos à fronteira com Santa Catarina, esta é a primeira vez que esse tipo de bactéria é detectado em território brasileiro. A descoberta reforça a importância do monitoramento e da adoção de medidas preventivas para conter a disseminação da doença.

O estudo contou com a participação dos pesquisadores da Epagri Maria Cristina Canale, Rafael Roveri Sabião e Eduardo Cesar Brugnara; das pesquisadoras do Agronômica Yuliet Cardoza, Pamella Chaves Ortiz, Tatiana Mituti e Juliane Fernandes; e da pesquisadora Silvia Barbé, do IVIA.

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