O custo do cesto básico voltou a subir em Chapecó no mês de junho. Segundo levantamento do curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Observatório Pollen, a pesquisa realizada em 10 estabelecimentos comerciais da cidade mostra que o consumidor passou a gastar, em média, 1,75 salários-mínimos para adquirir os produtos considerados essenciais.
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A variação representa um aumento de 0,31% em relação a maio, o que equivale a um acréscimo de R$ 8,25 no orçamento mensal das famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A pesquisa acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados.
Tomate e batata-doce lideram as altas
Entre os itens com maior aumento no período estão o tomate comum, com expressivos 37,97% de alta, o extrato de tomate e a batata-doce, ambos com variação de 60,72%. Também encareceram o sabão em pó (29,39%), o alho (27,54%) e o alface (15,33%).
Segundo o estudo, os produtos in natura continuam sendo os mais sensíveis às condições climáticas, o que justifica as altas acentuadas neste grupo.
Quedas nos preços de frango e ovos
Apesar das elevações, alguns itens ficaram mais baratos. É o caso da carne de frango, com queda de 13,56%, dos ovos (-14,02%), do caldo de galinha (-14,97%) e da couve (-16,92%). A redução nos preços dos ovos, por exemplo, era esperada após o fim da Quaresma, aliada à reorganização da cadeia produtiva e à queda do preço do milho.
Já o recuo no valor do frango está ligado à maior oferta no mercado interno, após restrições nas exportações provocadas por um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul.
Higiene e limpeza têm variações opostas
No setor de produtos não alimentares, o sabonete registrou a maior alta, com aumento de 17,16%. Os materiais de limpeza tiveram elevação média de 15,53%, puxados pelo sabão em pó. Já os itens de higiene pessoal caíram 4,24%.
Serviços também ficaram mais caros
A pesquisa também apontou um pequeno aumento nos serviços tarifados, como água, luz e gás, com alta média de 0,54%. A energia elétrica ficou 1,34% mais cara, devido à aplicação da bandeira tarifária amarela.
Cesta básica sobe 3,67% em junho
A pesquisa também atualizou o valor da cesta básica, composta por 13 itens essenciais, como arroz, feijão, leite, café e carne. Em junho, o custo chegou a R$ 608,02, um aumento de 3,67% em relação ao mês anterior.
O produto com maior impacto foi o café moído, que subiu 11,07% em junho e acumula mais de 50% de alta em 2025, reflexo da quebra de safra no Brasil e no Vietnã.
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