Serial killer de homossexuais que matou professor de Abelardo Luz é condenado a 104 anos de prisão
José Thiago Soroka é acusado de roubar e matar vítimas em Santa Catarina e Paraná
Por: Cristine Maraga
15/07/2022 11h44 - Atualizado há 3 anos
O serial killer de homossexuais José Tiago Correia Soroka foi condenado a 104 anos, quatro meses e seis dias de prisão por latrocínio, roubo agravado e extorsão. A decisão da juíza Cristine Lopes, da 12ª Vara Criminal de Curitiba, ocorreu neste mês de julho.
Ele matou o professor universitário, Robson Paim, 35 anos, em Abelardo Luz. Robson foi encontrado morto por familiares no dia 17 de abril de 2021. Vários pertences da vítima, como celular e um carro foram levados pelo criminoso. O veículo foi encontrado no dia seguinte ao crime, em Almirante Tamandaré/PR.
Vítimas do serial killer: Robson, . Foto: Divulgação/Internet
Além do catarinense, outros homens foram vítimas do serial Killer, que está preso desde 29 de maio do ano passado. À época, a polícia informou que ele confessou três crimes dos quais ele era suspeito.
Além do professor, o estudante de medicina Marco Vinício Fonseca, de 25 anos, natural de Campo Grande/MS, e o enfermeiro David Levisio, de 30 anos, natural de Londrina/PR.
Os policiais conseguiram chegar até Soroka a partir de uma vítima que sobreviveu. O crime aconteceu no dia 11 de maio do ano passado, no Bigorrilho, e o rapaz foi importante nas investigações.
Defesa
Os advogados Piero Madalozzo e Rodrigo Riquelme Macedo, que defendem José Thiago Soroka, afirmaram ao G1 que vão recorrer da decisão, porque entendem que o réu deve ser julgado por homicídio e não por latrocínio.
"Todas as provas produzidas durante o processo foram suficientes para demonstrar que o acusado não teve intenção de roubar as vítimas e já ingressou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná para que seja revista a decisão de primeiro grau esperando que o caso seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri", diz a nota.
Depoimento
Em depoimento, em maio do ano passado, o suspeito disse que cometeu outros crimes, como roubos, anteriores aos assassinatos investigados, mas negou que tenha cometido outros homicídios.
Além disso, ele falou que as vítimas dos crimes não eram sempre homossexuais, mas que se reservava ao direito de não dar detalhes sobre os crimes.
Veja a transcrição do depoimento:
Delegado: Antes do senhor Robson Paim, em 17 de abril, o senhor teve alguma outra situação de pessoas, homossexuais que foram vítimas do senhor, que tiveram bens subtraídos?
Soroka: Senhor, teve várias situações, mas nestes casos eu me reservo o direito e não responder.
Delegado: Teve várias situações, mas pra gente entender, vitimas fatais ou não?
Soroka: Não, senhor.
Delegado: Vítimas que tiveram os bens subtraídos?
Soroka: Sim, senhor
Delegado: Sempre homossexuais?
Soroka: Não, senhor.
Delegado: Mulheres?
Soroka: Não, senhor.
Delegado: Sempre homens?
Soroka: Sim, senhor.
Delegado: O senhor não quer relatar sobre estes fatos?
Soroka: Não, senhor.
Como ocorriam as mortes
Segundo as investigações, Soroka usava aplicativos de encontros para encontrar as vítimas e ia até a casa deles para um encontro. No local, ele estrangulava os homens e deixava o local levando pertences deles.
Os crimes teriam motivação por ódio e, segundo a polícia, a pretensão de Soroka era fazer uma vítima por semana. Ele afirmou ainda que após a repercussão dos casos não conseguia mais marcar os encontros porque a imagem dele ficou conhecida.
A polícia estima que possam haver entre 10 e 20 pessoas que foram vítimas de roubos do suspeito. Ele disse ainda que sempre agia do mesmo modo: se a vítima reagisse ou relutasse, ele a esganava até a morte.
Soroka morava em pensões e usava nomes falsos para se hospedar. Ele usava o dinheiro da venda dos pertences das vítimas para comprar drogas.
A polícia descobriu que José Tiago tem dois filhos. Ele já tinha passagem por roubo, em 2015 e 2019, e também uma medida protetiva por uma ex-namorada.
Com informações de G1
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