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Trabalhadores da construção civil são encontrados em situação degradante em Chapecó

De acordo com o relatório técnico, os operários dormiam no próprio canteiro de obras

Por: Canal Ideal
03/06/2025 16h35 - Atualizado há 2 dias
Foto: Siticom
Foto: Siticom

Uma vistoria realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó (Siticom) no último fim de semana identificou graves violações de direitos trabalhistas em uma obra da construção civil no município. Segundo o sindicato, os trabalhadores estavam alojados em condições precárias, caracterizadas como análogas à escravidão.

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De acordo com o relatório técnico, os operários dormiam no próprio canteiro de obras, sobre colchões finos diretamente sobre o chão de cimento, sem qualquer isolamento térmico ou proteção contra o frio intenso da região, que chegou a cerca de 5 °C. O local não contava com estrutura mínima para acomodação segura ou digna.

A inspeção revelou ainda a total ausência de banheiros e espaço para higiene pessoal. A cozinha utilizada pelos trabalhadores era improvisada com sobras de materiais de construção, equipada com eletrodomésticos quebrados, enferrujados e sem condições de higiene. Também não havia refeitório ou área de descanso, o que contraria normas do Ministério do Trabalho.

Segundo a Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18), é obrigatório que alojamentos, vestiários, sanitários e locais para refeição estejam em perfeitas condições de conservação, higiene e limpeza, garantindo o bem-estar dos trabalhadores.

“O que vimos ali foi mais do que o descumprimento da legislação. Foi um verdadeiro desrespeito à dignidade humana. Não podemos tolerar que trabalhadores sejam tratados dessa forma”, declarou a presidente do Siticom Chapecó, Izelda Oro.

Denúncia e providências

Diante das irregularidades, o sindicato notificou a empresa responsável pela obra e formalizou uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que deverá investigar o caso e adotar as medidas cabíveis.

O Siticom reforça que situações semelhantes devem ser denunciadas, mesmo de forma anônima, por trabalhadores ou por qualquer pessoa que presencie abusos.

“Trabalhador não é descartável. É preciso garantir segurança, dignidade e respeito para todos”, enfatizou Izelda.

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