A família de Jacson Adriano Sichelero Gois de 39 anos ainda está em festa após ele receber alta hospitalar após uma longa batalha contra a covid-19. Jacson ficou cerca de 50 dias internado com a doença em um hospital particular de Chapecó e recebeu alta na última quarta-feira (08).
Ele foi diagnosticado com a doença após ter contato com um colega de trabalho que estava se sentindo mal, fez o teste e deu positivo. A partir daí, Jacson começou a ficar preocupado e os sintomas começaram a aparecer como perda de olfato e paladar. Em seguida, a respiração foi piorando até que ele resolveu ir até o Centro de Atendimento a covid-19 na Efapi.
"Eu já estava começando a sentir muita falta de ar. Cheguei no Centro de Atendimento e fui direto para o respirador de tão mal que eu estava me sentindo. De lá, fui direto pro hospital porque a minha situação foi piorando ainda mais. Quando eu cheguei lá, os médicos me deixaram no respirador e foi a partir daí que eu fui percebendo que ele não estava sendo mais o suficiente para que eu voltasse a respirar", diz Jacson.
Com a saturação baixa, o estado de saúde de Jacson seguia piorando tanto que precisou ser intubado. Foram 28 dias na intubação e 13 dias sedado no hospital. Passou por vários procedimentos, medicações, até que elas já não estavam mais fazendo efeito.
"Os médicos estavam tentando de todas as formas e as medicações simplesmente não estavam fazendo efeito algum. Daí eles fizeram a traqueostomia para que eu pudesse respirar e mesmo assim estava bem complicado. Precisei fazer uma biópsia no pulmão e os médicos detectaram uma bactéria multiresistente que precisava ser combatida. Tomei vários antibióticos para combater ela, só assim que as outras medicações poderiam começar a fazer efeito", conclui.
Assim que a bactéria foi controlada, os remédios foram aos poucos começando a fazer efeito. Aliado a medicação, ele também recebeu um estímulo fundamental para vencer a doença.
"Minha esposa está grávida de três meses. Aí ela fez com que eu escutasse os batimentos do bebê e eu tenho certeza que foi um estímulo muito grande para que eu lutasse ainda mais. Sem falar que teve muita oração de pessoas que nem conheço, de igrejas lá no Mato Grosso que fizeram uma corrente de orações muito forte para que eu saísse dessa. O médico disse inclusive, que se eu não apresentasse melhora em um dia, ele ia chamar minha família para se despedir de mim. Mas graças a Deus que deu tudo certo", finaliza.