A Prefeitura de Xanxerê deu um passo significativo com o lançamento oficial do Programa de Apadrinhamento de Crianças e Adolescentes. A iniciativa visa combater os reflexos causados pelo afastamento familiar, oferecendo suporte, seja ele afetivo, material ou profissional. O programa conta com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Poder Judiciário e do Ministério Público.
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O programa é destinado a crianças e adolescentes que foram temporariamente afastados de suas famílias biológicas por alguma situação de vulnerabilidade. Atualmente, esses jovens são atendidos nas unidades de acolhimento Aprisco e Jacy João Tecchio ou no Programa Família Acolhedora, todos geridos pela Administração Municipal.
Um dos principais objetivos é oportunizar aos jovens experiências externas aos espaços de acolhimento, como passeios, visitas, presentes, tratamentos médicos, entre outros, reduzindo os danos psicológicos causados pelo afastamento familiar. O apadrinhamento pode ser realizado de três formas: o afetivo, o provedor e o prestador de serviços.
No apadrinhamento afetivo, as famílias recebem a oportunidade de ofertar tempo, carinho e convivência aos jovens. No apadrinhamento provedor, o auxílio acontece através da doação de materiais ou valores financeiros para suprir necessidades específicas. Já na terceira opção, o apadrinhamento prestador de serviços, a contribuição acontece através de talentos ou habilidades profissionais dos padrinhos. A exemplo disso, podem ser ofertadas aulas de reforço, treinamentos esportivos, atendimento médico e odontológico, entre outros.
Como se tornar um padrinho/madrinha
Para os interessados em apadrinhar uma criança ou um adolescente, é possível se inscrever através de um formulário disponível no site da Prefeitura de Xanxerê. O apadrinhamento é visto como um ato de amor e compromisso, que respeita a individualidade e a necessidade de cada criança ou adolescente acolhido, registrando o compromisso da administração municipal com o bem-estar e o cuidado de todos.
O programa foi oficializado na Lei de número 4.615, de 18 de julho de 2025. A secretária de Assistência Social, Fabiana Mascarello, destaca a importância desta formalização, com as devidas atribuições e responsabilidades dos participantes. “Muitas pessoas, muitas famílias já apadrinhavam as nossas crianças dos serviços de acolhimento e, hoje, a gente torna isso algo padronizado e fundamentado enquanto lei”, ressalta.
Para a promotora de Justiça da 1ª Promotoria de Justiça de Xanxerê, Ana Cristina Boni, a iniciativa do apadrinhamento revela que Xanxerê fez uma opção: “além do acolhimento com excelência que temos em nosso município, demos mais um passo, demonstrando que além da excelência do acolhimento, Xanxerê prima pela humanidade, solidariedade, empatia no atendimento daquela pessoa em formação, que por uma situação ou outra não se encontra devidamente atendida ou até afastada do seio familiar. Quero deixar aqui registrado o meu agradecimento por todos aqueles que trabalharam para que hoje o Programa de Apadrinhamento se tornasse lei, deixando claro que em Xanxerê, a criança e o adolescente são levados a sério.”
De acordo com o Juiz da Vara da Família, Infância e Adolescência, Christian Dalla Rosa, o projeto busca melhorar a vida das crianças que precisaram ser temporariamente afastadas das famílias, oferecendo afeto e tranquilidade. “O projeto busca melhorar esta violência que a gente tem que praticar, retirando-os de suas famílias para evitar que uma violência ainda maior ocorra”, destaca.
Em sua fala, o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Pedro Gonçalves, destacou que através dos padrinhos, as crianças e adolescentes terão amor, respeito e o carinho que tanto precisam. “Temos esperança que possamos ter muitos voluntários para estar presentes na vida dessas crianças e adolescentes.”
O prefeito Oscar Martarello parabenizou todos os envolvidos com o Programa de Apadrinhamento, que será mais uma forma de poder auxiliar as crianças e adolescentes. “Que esse projeto não fique apenas no papel, que a sociedade possa se engajar e doar um pouco, seja na forma de tempo, amor, serviço ou material, pois de alguma forma, com este programa, todos nós poderemos contribuir para a inclusão dessas crianças e adolescentes em nossa sociedade.”
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