Os casos de dengue vem aumentando dia após dia em toda Santa Catarina desde o início do ano. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado no dia 25 de março, no Estado foram registrados 2.657 casos de dengue, sendo que 2.122 (80%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense. Além disso, sete mortes pela doença já foram confirmadas.
Porém os sintomas da dengue são muito parecidos com os da covid-19. Afinal, ambas as doenças são causadas por vírus, mas algumas características podem ajudar a diferenciá-las.
Segundo especialistas, alguns sinais como o modo de evolução dos sintomas, podem dar algumas pistas, mas somente um exame de sangue pode confirmar o diagnóstico.
Dengue
É uma infecção viral, transmitida por meio de uma picada de um mosquito fêmea, infectado por um flavivírus, geralmente o aedes aegypti.
A dengue possui quatro sorotipos, cada um com uma interação diferente com os anticorpos humanos.
O principal sintoma da doença é a febre alta, que começa logo no início da infecção. Já na covid-19, esse sinal nem sempre é o primeiro, e em muitos casos pode nem aparecer.
Os sintomas respiratórios, comuns na covid-19, também são raros na dengue, que não costuma causar sintomas respiratórios como coriza, obstrução nasal ou tosse.
A dengue costuma durar de quatro a dez dias, mas seu impacto pode durar semanas. A doença pode não ser grave (com ou sem sinais de alarme) e o diagnóstico pode ser feito por exame clínico e confirmado através de um exame de sangue.
Segundo o MSF (Médicos Sem Fronteiras) os principais sintomas são:
Febre alta, fortes dores de cabeça e nos olhos, dores musculares e nas articulações e manchas vermelhas na pele.
Durante a evolução da doença, destacam-se três fases: febril, crítica e de evolução. Na fase crítica (entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas), podem surgir manifestações clínicas correspondentes a uma complicação da doença potencialmente letal chamada dengue grave, conhecida também como dengue hemorrágica.
Seus sinais são: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, tonturas, desmaios, sangramentos na gengiva e no nariz, ou vômitos com sangue e/ou fezes com sangue de cor escura. Sonolência ou irritabilidade; diminuição do volume de urina e diminuição repentina da temperatura do corpo também são comuns na fase crítica.
Covid-19
A infecção pelo coronavírus pode se dar com ou sem sintomas, que vem alternando bastante dependendo da variante ligada à infecção.
A doença pode se manifestar em três formas: leve, moderada ou grave. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório em amostras colhidas principalmente no nariz.
Os sintomas mais comuns da “versão” do vírus logo no início da pandemia, em 2020, eram tosse seca, febre, cansaço e perda de olfato e paladar.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) sintomas menos comuns podem aparecer, como dor de cabeça, garganta, diarréia e olhos vermelhos e irritados ou sintomas mais graves como falta de ar, perda de mobilidade e fala, dor no peito e confusão mental.
Ao longo do tempo, surgiram cinco variantes do coronavírus: a alfa, beta, gama, delta e ômicron.
O agravamento dos sintomas da covid-19 não costuma ser tão acelerado quanto os da dengue, mas mesmo a variante ômicron, considerada menos grave que as outras, ainda pode matar.
Desde o início da pandemia da covid, Santa Catarina já registrou 1.674.790 casos e 21.660 óbitos por conta do vírus.