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Transforme-se - por Cristiély Facco

Constelações e pedagogia sistêmica: A criança interior e sua influência em nosso “eu” adulto

Saiba como identificar sinais de que sua criança interior pode estar ferida

Por: Canal Ideal
23/08/2022 17h00 - Atualizado há um ano
Constelações e pedagogia sistêmica: A criança interior e sua influência em nosso “eu” adulto

A criança interior é uma parte da nossa que experimentou a vida e se adaptou a certos comportamentos e padrões para viver.

É uma parte inconsciente de nossa mente, onde carregamos nossas necessidades não satisfeitas, emoções reprimidas da infância, nossa criatividade, intuição e capacidade de brincar.  

Divulgação/Envato/Canal Ideal

A criança interior é aquela que se manifesta em nós e cujas experiências ainda não “foram embora”. Muitas vezes, ainda vemos o mundo através dos olhos de nossa criança.  

O relacionamento que tivemos com nossos pais em nossa infância molda cada relacionamento que temos na fase adulta. 

Nós queremos e precisamos ser vistos e ouvidos pelos nossos pais. Mas nós nascemos de pais que carregam seus próprios traumas não resolvidos, herdados de seus próprios pais. Desta forma também é difícil para eles saber como regular suas próprias emoções e, portanto, não conseguem lidar bem com as nossas. Buscamos então lidar com essa realidade, adaptando-nos.

Para a maioria de nós, isso significa agradar aos nossos pais, de forma a nos tornar o que eles esperam que sejamos.  

A tendência, em geral, nessa busca para agradar aos pais é que nos comportamos da maneira que eles valorizam e veem como “boas” e rejeitamos as partes de nós mesmos que são vistas por eles como vergonhosas ou “más”.

  A criança interior ferida

Todas as emoções não resolvidas, necessidades que não foram atendidas e situações dolorosas em que nos sentimos assustados ou violados não desaparecem simplesmente. Eles existem dentro de nós, criando uma lente através da qual passamos a enxergar o mundo.  

Uma criança interior ferida nos causa:

  • Baixa autoestima
  • Imagem corporal distorcida
  • Medo de críticas
  • Resistência a mudanças
  • Profundo medo de abandono nos relacionamentos. 

Essas vivências em nossa infância podem fazer com que nossas fantasias infantis se tornem recorrentes e venham à tona em diferentes situações em nossa vida adulta.  

As fantasias da criança interior funcionam como professores que nos permitem ver onde precisamos de cura. Onde precisamos honrar a parte de nós mesmos que não conseguiu o que precisávamos, em uma fase muito importante de nosso desenvolvimento. 

As “verdades” que nos foram ditas 

Em geral, a criança toma tudo que lhe é dito como verdade, principalmente se essas falas são pronunciadas pelos, pais, professores, avós ou demais pessoas que a criança entende como sendo importantes ou referência em suas vidas.  

Acontece, porém, que nem todas as coisas que ouvimos nessa fase de nossas vidas foram positivas e isso, infelizmente, pode ter nos deixado confusos, assustados e até mesmo desconectados da nossa natureza infantil.  

Alguns exemplos comuns dessas falas entendidas pela criança como “verdade”, são:

  • Você é muito…” (chato, fraco, sério, barulhento, burro, etc…)
  • Você não é bom o suficiente em…” (matemática, esportes, fazer amigos, etc…)
  • Você não tem modos
  • Você deveria ser como…” (seu irmão, seu colega, seu primo)
  • Desse jeito, você nunca terá…” (amigos, emprego, um amor)
  • Foi culpa sua se eu…” (Gritei, te bati, fiquei zangado)

Sinais de que sua Criança Interior pode estar ferida  

  • Medo de receber críticas
  • Medo ou vergonha de se expressar em algumas situações
  • Tendência a esperar que outras pessoas falem primeiro para saber o que é “certo” fazer ou dizer, ou de que forma se posicionar
  • Colocar-se em situações onde se tenta ajudar ou “salvar” alguém
  • Dificuldade em dizer “não”
  • Sentir-se responsável pelas emoções dos outros

Esses são apenas alguns exemplos de como a criança interior ferida se expressa.

O que ocorre na maioria das vezes é que não damos a devida atenção para esses sinais. Nossa tendência é descartar ou invalidar essas emoções, como o pai ou a mãe fizeram no passado. Dessa forma, mantemos o ciclo e nossa criança interior permanece não sendo ouvida e se manifestando em momentos de nossa vida adulta em que somos confrontados com experiências que nos remetem a alguma experiência já vivida.  

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Esta coluna é escrita pela mentora Cristiély Facco - empresária, terapeuta de Constelação Sistêmica Familiar, professora e educadora sistêmica. Atua com mentoria em grupo e individual.
Siga: @cristielyfacco
Contato: (49) 99914-4103 (clique AQUI)

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