Entenda mais sobre diagnóstico, sintomas e tratamento
Por: Canal Ideal
29/10/2021 16h58 - Atualizado há 3 anos
O Brasil é o país com o maior índice de depressão na América Latina. 5,8% da população sofre com o transtorno, e 20 a 25% dos brasileiros passarão ou já passaram por isso em algum momento da vida.
Vale lembrar que em níveis mais severos, a depressão é considerada o fator principal para o suicídio, principalmente entre jovens de 15 a 29 anos. Por essas e outras razões, ela é conhecida como o mal do século XXI pela OMS, e o cuidado com os sintomas é primordial para evitar problemas maiores no futuro.
Um dos maiores desafios relacionados à depressão é, sem dúvidas, compreendê-la. Isso porque ela é muitas vezes confundida com uma tristeza comum, passageira, e não pode ser assim. Sentir-se triste é algo que acontece com todo mundo, todos já passaram por uma fase de se sentir desanimado e ter vontade de apenas ficar deitado na cama, quando a disposição está baixa.
"Porém, quando esse sentimento de tristeza e desânimo ocorre de forma muito recorrente é importante ficar atento, pois pode ser um sintoma de depressão, um dos transtornos mentais mais comuns da atualidade."
Depressão ainda é uma doença tabu , pois é vista por boa parte da população como “frescura” ou “falta do que fazer”. O resultado disso são pessoas sofrendo anos em silêncio por medo de serem taxadas de tal forma, podendo, em casos muitos avançados, tirarem suas próprias vidas.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves. Além disso, ela também pode atingir crianças. e adolescentes.
Diferença X tristeza
A tristeza pode ocorrer em diversas situações como a perda de uma pessoa querida, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, conflitos familiares, insatisfação com conquistas pessoais , dentre outras razões. Esse sentimento é apropriado diante de um evento, e não dura mais que algumas horas ou dias.
Já a depressão é um constante sentimento que se manifesta durante a maior parte do dia, quase que diariamente por no mínimo de duas semanas. A tristeza não impede o indivíduo de continuar suas atividades cotidianas, a depressão, por sua vez, incapacita as atividades do dia a dia, trazendo consigo um grande sentimento de apatia.
Sintomas da depressão
Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
Alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);
Distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias);
Problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias);
Fadiga ou perda de energia constante;
Culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade);
Dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se);
Ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte);
Baixa autoestima;
Alteração da libido.
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.
Diagnóstico de depressão
O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados.
'Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.'
Tratamento da depressão
Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves e moderados costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise juntamente com acompanhamento psicológico.
Existem vários grupos desses medicamentos que não causam dependência. Apesar do tempo que levam para produzir efeito (por volta de duas a quatro semanas) e das desvantagens de alguns efeitos colaterais que podem ocorrer, a prescrição deve ser mantida, às vezes, por toda a vida, para evitar recaídas. Há casos de depressão que exigem a associação de outras classes de medicamentos – os ansiolíticos e os antipsicóticos, por exemplo – para obter o efeito necessário.
O que jamais se deve dizer a pessoas com depressão:
Você está exagerando, não é tão mal assim.
Todos temos problemas, você precisa reagir.
Sei o que você está passando, já me senti assim, também.
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