Uma cena inusitada marcou a sessão da Câmara de Vereadores de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, nesta segunda-feira (9). Uma discussão acalorada, com direito a distribuição de bonecas, bate-boca e insultos, tomou conta do plenário por quase meia hora — tudo por causa de um projeto que propunha proibir o atendimento médico, no sistema público de saúde, de “bebês reborn”, bonecas realistas que imitam recém-nascidos.
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O projeto, de autoria do vereador Diego Correia, o Mainha (MDB), já havia sido rejeitado em sessão anterior. Mesmo assim, ele voltou ao centro do debate após o parlamentar acusar, nas redes sociais, que os colegas estariam apoiando o atendimento desses bonecos nas unidades de saúde do município.
A fala gerou forte reação dos vereadores Zailton Benício (PL) e Junior Cidiney Simão, o Ju da Padaria (PSD), que subiram à tribuna para criticar o projeto e rebater as declarações de Mainha. Ambos consideraram a proposta absurda por tratar de “algo inanimado” e classificaram a iniciativa como descabida.
A situação saiu do controle quando Mainha respondeu, em tom exaltado, que os colegas que votaram contra o projeto seriam coniventes com o atendimento. Ele afirmou ter se inspirado em um parlamentar de Itajaí durante a Marcha dos Vereadores em Brasília e defendeu que sua proposta seria uma forma de proteger os profissionais de saúde de situações inusitadas.
Durante a sessão, o vereador do MDB chegou a distribuir bonecas aos demais parlamentares, o que acirrou ainda mais os ânimos. Em meio às reações indignadas, ele disparou: “Dá com isso nos teus cornos!”
A troca de ofensas se intensificou. O vereador Anastacio Soares Neto (PSD) chamou Mainha de “idiota”, enquanto Zailton lembrou que os servidores da saúde já são protegidos por legislação em caso de desacato. Valmor Antônio Kair Filho, o Tony (Podemos), declarou que aprovar o projeto seria “dar um atestado de burrice, de ignorância”, e afirmou que os profissionais da saúde se sentiram ofendidos com a proposta.
O presidente da Casa, vereador Helder Angélica (MDB), tentou manter a ordem durante o tumulto, sem sucesso completo.
A sessão viralizou nas redes sociais, e o episódio deve repercutir nos próximos encontros do legislativo municipal. As informações são do Portal SCC 10.
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